domingo, 5 de janeiro de 2014

A cidade de Julieta


A cidade de Verona, no Vêneto italiano, é marcada pela história de Romeu e Julieta, de William Shakespeare. O balcão de Julieta, onde Romeu teria se esgueirado, está lá, pronto a ser visitado. Tão interessante quanto é a tradição de as jovens tocarem nos seios da estátua de Julieta -- garantia de encontrar ou, quem sabe, manter um amor.

A cidade cresceu, mas nela as lojas de marca convivem em certa harmonia com a fabulosa arquitetura histórica -- o que levou a Unesco a declarar Verona um patrimônio da humanidade. Prova é o gigantesco anfiteatro romano, hoje em dia usado como arena para shows e demais eventos. Com um diferencial: há um enorme estacionamento bem perto, prova de inteligência de quem projetou o novo uso.



Um personagem em comum que a cidade guarda com o Brasil é Giuseppe Garibaldi (1807-1882), que por aqui lutou pelo movimento separatista do sul do país durante o Segundo Império e por lá lutou a favor da unidade italiana. Do Brasil, Garibaldi levou Anita, com quem se casou e teve filhos.

Texto e fotos: Monica Martinez




sábado, 4 de janeiro de 2014

A eloquente Pádua


Pádua ou, em italiano, Padova, é uma grande surpresa encravada no Vêneto, no nordeste do país. Trata-se de uma grande oportunidade para visitar uma cidade universitária medieval. A história da Universidade de Pádua remonta à 1222, quando foi criada por dissidentes da Universidade de Bolonha, a mais antiga universidade do mundo (esta fundada em 1088). Pertenceram aos seus quadros personalidades mundiais como o matemático italiano Galileo Galilei (1564-1642), que lá ensinou física de 1592 a 1610.

Encantadora também a visita à Basílica de Santo Antonio, carinhosamente conhecida como Basílica del Santo em italiano. O local guarda relíquias como a língua do eloquente franciscano de origem portuguesa, nascido em Lisboa (1191 ou 1195) e falecido em 13 de junho de 1231. Qualquer pessoa casadoura sabe que 13 de junho é a data certa para pedir um parceiro ao santo que, no Brasil, é um ícone casamenteiro.

Uma dica: como em toda a Itália, proíbe-se a visita à basílica usando-se decotes e shorts ou saias curtas. O ideal é planejar o vestuário com antecedência. Caso isto não seja possível, as igrejas oferecem, mediante pagamento simbólico, um não tecido para que o visitante possa cobrir as partes expostas. 

Texto
Monica Martinez

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Doce Veneza

Veneza: uma surpresa ao por-do-sol

Veneza é uma joia encravada no Norte da Itália, na região do Vêneto. A Toscana que me perdoe, mas o meu coração bate mais forte pelo Vêneto. Até 1797 -- ontem, do ponto de vista histórico -- a cidade foi sede da Sereníssima República de Veneza, importante centro que comercializava com o Oriente. Quem fala de globalização como se fosse uma invenção dos séculos XX e XXI se esquece de que a humanidade não começou ontem. Tirando a velocidade, a interatividade e a conectividade propiciadas pela tecnologia digital, já estava tudo lá, na Veneza histórica, capitalismo incluso. Felizmente este passado de glória pode ser comprovado ainda hoje na magnífica arquitetura.

Ao cair da tarde, um passeio pelos canais, de preferência nas charmosas gôndolas, permite desfrutar este patrimônio da humanidade (Unesco).

Uma opção curiosa é tomar os táxis aquáticos locais, que vão parando em diversos pontos -- sempre com a forma de organização italiana, única (se você conhece o local, vai me entender).

Imperdível visitar a Basílica de São Marcos e aproveitar para tomar um gelato na praça que leva o nome do mesmo santo. Vale a pena a visita às inúmeras lojinhas, distribuídas pelas vielas, com seus charmosos produtos locais, como as máscaras e os artigos feitos com cristal de Murano. Mas cuidado para não levar gato por lebre: o barato, aqui, significa levar produto chinês para casa.

Texto e fotos: Monica Martinez