domingo, 16 de fevereiro de 2014

Deixei meu coração na pequena Brendola

Brendola, dourada, sob o sol matinal

Brendola é uma pequena comuna localizada no Vêneto, ao nordeste da Itália, na província de Vicenza, com 25 km² e pouco mais de seis mil habitantes. Descobri-la no verão de 2012 foi uma surpresa.

Igreja de San Michele
Em alguma medida, a parte antiga da cidade continua como desde sempre, com suas construções antigas empoleiradas na parte alta. Ao redor, o verde dos campos, que no verão se tingem de dourado pelo trigo maduro. Com a colheita os campos vão se enchendo de rolos dourados, da palha que no inverno aquecerá a cama das criações.

No alto da comuna está a Igreja de San Michele, que data de 1846, mas continua com ofícios regulares. Meu bisavô paterno, Pietro Rodighiero, pai de Paulo, foi  batizado aqui em 1884 e foi uma emoção ver seu nome no livro de registro de batizados.

Arcanjo Miguel, da coragem
Em seu pórtico, há mais de um século, o arcanjo São Miguel continua sua missão de manter o mal no devido lugar. Na representação da imagem, não é a serpente que é mantida sob as botas, mas o próprio demônio, que se encolhe, com medo, diante do esplendor do escudo do mensageiro divino e de uma espada agora imaginária, imune ao mal, mas que parece não ter resistido às intempéries do tempo.
Julia, do La Quiete

Ao lado da Chiesa San Michelle, o melhor bed & breakfast do mundo: La Quiete, A Calma em bom português. Não poderia haver nome melhor para a pousada: tudo nela é paz, salvo a da consciência, após consumir os quitutes que a proprietária, Júlia, se esmera em oferecer. Trata-se de uma casa antiga totalmente reformada, onde móveis antigos de madeira maciça garimpados ao longo das décadas garantem o clima antigo, devidamente mesclado com arquitetura contemporânea.










Ao lado de La Quiete, o restaurante Novecento. Não houve tempo para degustar seu cardápio, mas o aroma que exalava sugeria comida boa e acolhimento!

Monica Martinez