
A menina é pequena demais para entender de História, tampouco de arquitetura. Mas a maquete é tão simbolicamente expressiva que até ela compreende que se trata de uma cidadela com igreja, casinhas e escola.
O que ela não sabe é que a redução foi constantemente atacada por bandeirantes. Aqui, eles não têm a fama de desbravar fronteiras como no Estado de São Paulo, onde dão hoje nome a rodovias como a Raposo Tavares. São chamados de “cazadores portugueses de esclavos”. Dispensável a tradução.
Indispensável, porém, dizer que os ataques foram tão intensos que o povo deixou a redução um ano depois de fundada e abrigou-se nas margens do rio Yabebirí, onde fica a atual Província argentina de Missiones que visitamos. As ruínas atuais de San Ignacio são de 1696. Resistiram firmes e fortes até 1817, por precisos 121 anos. Até serem destruídas por paraguaios, jovem nação que havia se tornado independente apenas seis anos antes, em 1811.

Fotos e texto: Monica Martinez
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