terça-feira, 15 de setembro de 2009

Projeto Missões - Parte 7: San Ignacio Mini

Na Argentina, o primeiro destino é San Ignacio Mini. No pequeno museu da entrada, mãe e filha pequena olham atentamente para a maquete da redução fundada em 1631 pelos padres José Cataldino e Simón Masceta.

A menina é pequena demais para entender de História, tampouco de arquitetura. Mas a maquete é tão simbolicamente expressiva que até ela compreende que se trata de uma cidadela com igreja, casinhas e escola.

O que ela não sabe é que a redução foi constantemente atacada por bandeirantes. Aqui, eles não têm a fama de desbravar fronteiras como no Estado de São Paulo, onde dão hoje nome a rodovias como a Raposo Tavares. São chamados de “cazadores portugueses de esclavos”. Dispensável a tradução.

Indispensável, porém, dizer que os ataques foram tão intensos que o povo deixou a redução um ano depois de fundada e abrigou-se nas margens do rio Yabebirí, onde fica a atual Província argentina de Missiones que visitamos. As ruínas atuais de San Ignacio são de 1696. Resistiram firmes e fortes até 1817, por precisos 121 anos. Até serem destruídas por paraguaios, jovem nação que havia se tornado independente apenas seis anos antes, em 1811.

Esta redução não tem preservada a fachada da igreja, como São Miguel, no Brasil. Mas nela restam ainda os muros de pedra das “vivendas” (casas), as ruas espaçosas e fantásticos entalhes nas pedras, bem como pisos diferentes para cada ano da classe escolar, permitindo ao visitante “mergulhar” com intensidade na grandiosidade estética das missões.

Fotos e texto: Monica Martinez

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