sexta-feira, 30 de maio de 2014

Para Roma, com amor

No Museu do Vaticano, preciosidades como o teto da capela Cistina

Chegar dirigindo em Roma é uma experiência angustiante, que não desejo a ninguém. Quem acha que o trânsito paulistano é de matar talvez não tenha tentado dirigir na capital italiana. De toda forma, depois que você devolve o carro na locadora e cai de joelhos, agradecendo por ter entregue o veículo no prazo e ainda estar vivo, começa imediatamente a curtir a cidade.

O Coliseu
Uma região boa e barata para se ficar é nas proximidades da estação Termini, com deslocamentos garantidos para todo lugar. Como disse uma amiga que se mudou para a cidade, é feioso, mas não perigoso. Dali, Roma está a seus pés, literalmente, a começar pelo imponente Coliseu. O prático Roma Pass dá direito a desfrutar de uma ampla gama de atrações, com deslocamentos inclusos.

Outra opção é a barroca Fontana de Trevi, onde a bela Anita Ekberg entrou na água, à convite de Marcello Mastroiani, no La Dolce Vita de Fellini.

Em Roma, contudo, meu lugar favorito é a Via Appia, a rainha das estradas. E olhe que os arquitetos romanos entendiam do riscado: o Coliseu era evacuado, em caso de emergência, em 15 minutos. Tempo muito próximo do que aconteceria num grande estádio hoje em dia. Ainda com um verde e uma calma exuberantes, é na Via Appia onde se encontram as catacumbas, aliás local os primevos cristãos se reuniam, não se escondiam. 

Na organizada catacumba de São Sebastião, por exemplo, você encontra doutorandos como guias, que esclarecem detalhes daquele misterioso período do primeiro século de nossa era -- que tanta influência exerce até hoje.

A beleza das Termas de Calacalla
Em Roma gosto também de desfrutar da paz das Termas de Caracalla, construídas no século III d.C., cujas ruínas -- misteriosamente sem edifícios no entorno -- permitem ter uma ideia de como era grandiosa a Roma antiga.


Texto e fotos: Monica Martinez


sábado, 3 de maio de 2014

O centro mundial da ecologia

A Basílica dedicada a Santa Clara, em Assis

Assis é uma cidade luminosa. No verão, devido ao alto contraste entre as construções de pedra clara e o céu azul cobalto, a cidade italiana, localizada na região da Umbria (província de Perugia), com pouco mais de 24 mil habitantes, transmite harmonia e paz.

Melhor começar a visita pelos arredores da cidade, para conhecer Porciúncula (em italiano La Porziúncola), igrejinha do século IV restaurada por São Francisco de Assis (1182 - 1226). Ela se encontra hoje protegida dentro de uma igreja maior, a basílica Santa Maria dos Anjos.

Se chegar ao local próximo à hora do almoço, uma dica é a Trattoria degli Angeli, um restaurante pequeno e encantador, cujo cardápio convidativo oferece  massas frescas caseiras a preços acessíveis.

Em seguida, é partir para Assis propriamente dita. A basílica de São Francisco começou a ser construída dois dias após a morte de são Francisco, e foi decorada pelos maiores artistas da época. Os afrescos A Vida de São Francisco, de Giotto (1266 - 1337), por exemplo, são espetaculares.

Assis, uma cidade luminosa
Outra boa pedida é visitar a bela Basílica de Santa Clara. Ela foi  construída em 1260 para abrigar as relíquias da fundadora do ramo feminino da ordem franciscana. Santa Clara (1193-1253) idealizou a Ordem de Santa Clara, também conhecida por Ordem das Clarissas.

Trata-se de um roteiro que é possível de ser percorrido em dois dias, mas o local é tão encantador que talvez valha a pena planejar um estadia um pouco maior para desfrutar da tranquilidade local.

Texto e fotos: Monica Martinez

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O berço do renascimento italiano


No coração da Toscana, a cidade de Florença -- ou Firenze em italiano -- tem pouco mais de 370 mil habitantes distribuídos em seus 102 km².

Por todas as outras medidas, Florença é grandiosa. Não se poderia esperar menos, afinal, do berço do Renascimento italiano! Do século XV ao XVIII, foi governada pela família Médici, cuja riqueza fomentou a arte e o humanismo.

Cidade natal do escritor e poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321), autor da Divina Comédia, transitaram por lá pintores do calibre de Giotto (1266-1337), Botticelli (1445-1510), Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo (1475-1564) e Rafael (1483-1520), apenas para citar alguns exemplos.

Não por acaso, visitar a Galleria Della Uffizi é um must! Encomendada pelo duque Cosme I de Médice em 1560, ela possui um acervo imperdível, com todos os nomes acima e mais. Para evitar-se as imensas filas na entrada, recomenda-se comprar os ingressos com antecedência no site.

Uma experiência interessante para quem está acostumado com uma vida simples é ficar no Ostello Villa Camerata, um hostel localizado numa bela vila renascentista do século XVI. A dica vale sobretudo para quem está de carro, pois o local fica nas cercanias da cidade.

Texto e fotos: Monica Martinez